11 museus na Europa gratuitos ou acessíveis para conhecer
- Danilo Oliveira
- 9 de jun.
- 7 min de leitura

Com uma riqueza histórica e cultural, visitar a Europa é uma experiência única principalmente quando se inclui no roteiro visitas a museus.
Além da importância para a história da humanidade com diversas obras icônicas expostas, como uma peça de Van Gogh, ou a singular Mona Lisa, de Leonardo da Vinci, os museus do Velho Continente também marcam pelos edifícios históricos, como castelos, palácios, mosteiros ou estações de trem transformadas.
E para melhorar a vivência única, os espaços são acessíveis. Pensando nisso, a CNPJ. Store elencou 11 dos melhores museus da Europa para visitar gratuitamente ou com valores acessíveis.
11 melhores museus na Europa por país
França
A França é uma potência quando se trata de museus, e dentre seus inúmeros esforços, dois deles se destacam: o Museu do Louvre e o Museu d’Orsay. Vamos descobrir mais detalhes sobre eles.
Museu do Louvre (Paris)
Nenhuma lista sobre museus na Europa estaria completa sem mencionar o Museu do Louvre. Localizado às margens do Sena, em Paris, este é simplesmente o museu de arte mais famoso do mundo (e com razão). O museu conta com mais de 380 mil obras, das quais cerca de 35 mil estão em exibição.
Entre suas peças mais famosas estão a Mona Lisa, de Leonardo da Vinci, a escultura grega Vênus de Milo, e a Vitória de Samotrácia. Mas o Louvre não seria o museu mais famoso se ficasse somente na Grécia Antiga, não é? Ele também conta com salas inteiras dedicadas ao Egito Antigo, à arte islâmica, às civilizações mesopotâmicas e à pintura europeia dos séculos XV ao XIX.
O prédio em si já é uma obra-prima. Originalmente uma fortaleza medieval, depois transformada em palácio real e finalmente em museu em 1793.
Museu d’Orsay
A poucos minutos de caminhada do Louvre, do outro lado do Sena, está um dos museus mais amados pelos amantes do Impressionismo: o Musée d’Orsay. Claro, ele já impressiona por ter sido, em dias passados, uma estação ferroviária, com um grande relógio em seu centro e vitrais iluminando seus corredores.
Mas o que realmente conquista é o acervo. Dedicado à arte produzida entre 1848 e 1914, o museu abriga um impressionante conjunto de obras de Monet, Degas, Van Gogh, Manet, Renoir, Cézanne, Gauguin, Toulouse-Lautrec e muitos outros artistas que revolucionaram a maneira como vemos o mundo.
Itália
Se a França é símbolo da sofisticação artística, a Itália é o berço de boa parte do patrimônio cultural da humanidade. Lá nasceram movimentos como o Renascimento e o Barroco, gênios como Michelangelo, Leonardo da Vinci, Caravaggio e Botticelli, e cidades como Roma, Florença e Veneza, que servem de cenário e inspiração para artistas há séculos.
Museus do Vaticano (Roma)
Localizados na Cidade do Vaticano, em Roma, esses museus formam um dos maiores complexos museológicos do mundo, com mais de 7 quilômetros de corredores e centenas de galerias, que contam as histórias do mundo Ocidental.
Seus acervos incluem arte egípcia, etrusca, grega e romana, além de coleções renascentistas e modernas. A Galeria dos Mapas, a Sala dos Candelabros e o Museu Pio-Clementino são apenas algumas das maravilhas que você pode encontrar. Está anotando os nomes?
A Capela Sistina é a que mais agrada os turistas. Pintada por Michelangelo entre 1508 e 1512, o teto da capela é uma das obras de arte mais impressionantes e reverenciadas da história.
Para quem deseja uma experiência mais profunda, há visitas noturnas e guiadas que revelam certos segredos por trás das obras-primas, como o Juízo Final e a Criação de Adão.
Galleria degli Uffizi (Florença)
Por fim, chegamos à Florença! Lar de Dante Alighieri, ponto histórico de Júlio César e muitos outros acontecimentos. A Galleria degli Uffizi está situada no coração da cidade, e faz parte das galerias mais importantes do mundo.
Fundada em 1581 pela poderosa família Medici, os Uffizi abrigam uma coleção inigualável de obras do Renascimento italiano. Ali estão a “Primavera” e o “Nascimento de Vênus”, de Botticelli; a “Anunciação”, de Leonardo da Vinci; obras de Giotto, Rafael, Michelangelo, Caravaggio e tantos outros artistas que mudaram nossa percepção artística.
Espanha
A arte espanhola carrega um traço inconfundível: o drama. A estética catolicista é, realmente, uma das mais bem vistas, mesmo que você não seja um adorador da religião. E é na capital do país, em Madri, que estão dois dos centros culturais mais importantes do país e do mundo.
Museu do Prado (Madri)
Fundado em 1819, o Museu do Prado é a joia da coroa espanhola quando o assunto é arte clássica. O museu abriga obras-primas de Velázquez, Goya, Murillo, El Greco, mas também de gigantes como Rubens, Tiziano, Rembrandt e Bosch.
Entre os destaques estão As Meninas (1656), de Velázquez, considerada uma das pinturas mais estudadas da história da arte por sua complexidade espacial e ambiguidade visual. A tela retrata a infanta Margarita e suas damas de companhia, com o próprio pintor incluído na cena.
Outro tesouro do museu é O Jardim das Delícias Terrenas, de Hieronymus Bosch, uma obra carregada de simbolismo, mistério e fantasia, que contrasta com as pinturas religiosas mais ortodoxas da época. Já os quadros de Goya, como Os Fuzilamentos de 3 de Maio, revelam a brutalidade da guerra e a angústia humana, consolidando o artista como um dos primeiros modernistas.
O Museu do Prado oferece exposições temporárias, visitas guiadas, programas educativos e uma loja com excelente seleção de livros e reproduções. É um museu para ser explorado com calma, e em mais de uma visita, se for possível.
Museu Reina Sofia
Enquanto o Prado representa a tradição, o Museu Nacional Centro de Arte Reina Sofia é o coração da arte moderna e contemporânea espanhola. Utilizando da estrutura de um hospital do século XVIII, o museu é o detentor de Guernica, de de Pablo Picasso, uma pintura que retrata o bombardeio da cidade basca de Guernica durante a Guerra Civil Espanhola.
O Reina Sofia abriga também obras de Joan Miró, Salvador Dalí, Juan Gris e outros artistas da vanguarda espanhola e europeia. É um espaço que convida à reflexão política, ao experimentalismo e à quebra de paradigmas artísticos.
Além das exposições permanentes, o museu organiza mostras de fotografia, cinema, instalações e outras formas artísticas, sempre com curadorias ousadas e contemporâneas.
Alemanha
Sprechen Sie Deutsch? Se a resposta for “ainda não”, não se preocupe, a linguagem da arte é universal, e, na Alemanha, ela é falada fluentemente por meio de seus museus. E quando falamos de museus, não há lugar mais simbólico que a Ilha dos Museus, em Berlim.
Ilha dos Museus (Berlim)
A Museumsinsel, ou Ilha dos Museus, é um conjunto arquitetônico e cultural localizado no centro histórico da capital alemã, à beira do rio Spree. O local reúne cinco museus de classe mundial, reconhecidos como Patrimônio Mundial da UNESCO. Juntos, eles formam um dos complexos museológicos mais importantes do planeta.
Cada museu na ilha tem uma especialidade:
O Pergamonmuseum, ou Museu de Pérgamo, abriga peças da antiguidade, como o Altar de Pérgamo, o Portão de Ishtar da Babilônia e a fachada do Palácio de Mshatta.
O Museu Antigo (Altes Museum) concentra sua coleção na arte grega e romana, com esculturas, joias e cerâmicas que revelam a sofisticação estética do mundo clássico.
O Museu Novo (Neues Museum), reconstruído após os danos da Segunda Guerra Mundial, é o lar do famoso busto de Nefertiti, uma das obras mais admiradas da arte egípcia.
Já o Museu Bode abriga esculturas medievais, arte bizantina e uma vasta coleção de moedas
Por fim, a Galeria Nacional Antiga (Alte Nationalgalerie) reúne obras-primas da pintura do século XIX, com destaque para os românticos alemães, como Caspar David Friedrich, e impressionistas como Monet e Renoir.
Além disso, Berlim como um todo é repleta de outros espaços culturais, como a Topografia do Terror, o Museu Judaico e o Museu de História Alemã.
Reino Unido
No Reino Unido, diferente do que vimos até agora, os museus são tratados como extensão da educação pública. São instituições de altíssimo padrão, voltadas à preservação do conhecimento universal, e abertas gratuitamente ao público na maioria dos casos. Vamos descobrir algumas destas instituições.
British Museum (Londres)
O British Museum é um dos mais antigos museus do mundo. Fundado em 1753, ele guarda aproximadamente 8 milhões de objetos. Dentre eles, estão:
A Pedra de Roseta, peça-chave para decifrar os hieróglifos egípcios;
Os Mármores de Elgin, esculturas que pertenciam ao Partenon de Atenas;
A múmia de Katebet, uma das mais bem preservadas do Egito Antigo;
Artefatos assírios, romanos, etruscos, persas e de civilizações africanas, asiáticas e americanas.
Assim como outros museus, o British Museum oferece exposições temporárias, eventos culturais e visitas educativas, tudo de forma gratuita.
De um lado a tradição do British Museum. Do outro, a irreverência e ousadia da Tate Modern; que esplendor! Apesar de sua grande influência, este é um museu novo, inaugurado no ano 2000, às margens do rio Tâmisa.
Seu acervo inclui obras de Pablo Picasso, Mark Rothko, Andy Warhol, Salvador Dalí, Damien Hirst, Yayoi Kusama, entre muitos outros.
O Tate Modern oferece entrada gratuita e diversas atividades interativas, visitas guiadas, programas para famílias e um dos cafés com vista mais bonitos de Londres.
Outros destaques
A riqueza dos museus na Europa não se limita apenas às grandes capitais, como Madri, Londres ou Berlim. Países como Holanda e Áustria também fazem parte dessa lista.
Museu Van Gogh (Amsterdã)
O Museu Van Gogh foi inaugurado em 1973, e abriga a maior coleção do mundo dedicada ao pintor de sua homenagem, Van Gogh, contando com mais de 200 pinturas, 500 desenhos e centenas de cartas pessoais.
E pensar que ele ainda acreditava que não seria reconhecido, fato que só passou a acontecer depois de sua morte. Ironias da vida!
Agora, já na Áustria, o Museu de História Natural de Viena (Naturhistorisches Museum) foi inaugurado em 1889 e abriga mais de 30 milhões de itens. Lá, você consegue facilmente encontrar fósseis e dinossauros, meteoritos, animais exóticos e outros insetos extremamente raros.
Além do conteúdo permanente, o museu conta com exposições interativas, planetário digital, eventos científicos e atividades para todas as idades. Vale uma visita, não acha?
Tabela com os preços para visitar os museus
Uma das grandes vantagens dos museus na Europa é a diversidade de preços. Ainda assim, é importante se planejar financeiramente, principalmente ao incluir museus pagos no roteiro.
Abaixo, apresentamos uma tabela com os valores aproximados (em euros), considerando o ingresso padrão para adultos.
Museu | Valor da Entrada (Adulto) |
Museu do Louvre (Paris) | €49,9 |
Museu d’Orsay (Paris) | €17 |
Museus do Vaticano (Roma) | €29 |
Galleria degli Uffizi (Florença) | €25 |
Museu do Prado (Madri) | €15 |
Museu Reina Sofia (Madri) | €12 |
Ilha dos Museus (Berlim) | €19 (todos os 5 museus) |
British Museum (Londres) | Gratuito |
Tate Modern (Londres) | Gratuito |
Museu Van Gogh (Amsterdã) | €32,5 |
Museu de História Natural de Viena | €12 |
Um adendo: muitos museus oferecem dias de entrada gratuita, geralmente no primeiro domingo de cada mês ou em eventos culturais específicos. Vale conferir no site oficial de cada instituição.
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