Quando o assunto é Carnaval, Salvador tem uma das festas mais tradicionais e alegres do Brasil. O agito toma conta das ruas e se divide em circuitos, com presença de trios elétricos que arrastam multidões ao longo do feriadão.

A capital baiana é figurinha carimbada entre os destinos mais procurados para o Carnaval, fato comprovado neste ano pelas pesquisas de metabuscadores. Mas, para além da folia, a cidade ainda reserva atrativos culturais e gastronômicos que merecem a visita durante a viagem. É o que mostra este artigo publicado pela coluna 'Viagem & Gastronomia', da CNN Brasil.
Lembre-se que vários estabelecimentos ao longo dos três principais circuitos, Dodô, Osmar e Batatinha fecham por conta da folia na rua entre os dias 27 de fevereiro e 4 de março. Por isso, as dicas abaixo fogem destes locais ou funcionam de maneira diferenciada.
Abaixo, confira algumas atrações abertas durante o Carnaval e programe-se. No fim da matéria, encontre também sugestões de onde comer em Salvador.
O que fazer em Salvador
Memorial das Baianas de Acarajé
Situado na Praça da Sé, no Centro Histórico, o memorial é dedicado à tradição e à história das mulheres que fazem e vendem a iguaria baiana nas ruas, praças, largos e nas feiras da Bahia. Adereços, artesanatos, fotos e instrumentos gastronômicos usados por elas são exibidos no espaço.
Aberto de segunda a sábado das 9h às 17h, o local recebe visitantes todos os dias durante o Carnaval. A taxa de entrada é de R$ 5.
Santuário do Senhor do Bonfim da Bahia
Marcado pelo estilo neoclássico e rococó, o Santuário Senhor do Bonfim da Bahia data do período colonial, no século 18, e é uma das mais tradicionais igrejas de Salvador. Famosa pelas fitinhas coloridas amarradas no gradil do lado de fora, a tradição é seguida tanto por moradores quanto por visitantes.
Durante o Carnaval, a igreja fica aberta todos os dias, podendo ser visitada tanto do lado de dentro quanto na parte externa, que é palco de muitas fotos entre turistas. A entrada é gratuita.
Ilha dos Frades
Deseja fugir um pouco do agito e encontrar praias paradisíacas e muita história? A Ilha dos Frades é dica ideal. A cerca de meia hora de barco a partir dos Terminais Marítmos de Salvador, por meio de passeios de escuna ou lanchas alugadas, a ilha na Baía de Todos os Santos mistura vistas cinematográficas com restaurantes, pousadas e praias de águas calmas.
O ponto mais famoso da ilha é a Igreja Nossa Senhora de Guadalupe, que data do século 17 e fica na Praia de Ponta Nossa Senhora de Guadalupe, em meio a um vilarejo. No norte da ilha, a Praia do Loreto é recomendada para banho e abriga a Capela Nossa Senhora do Loreto, edificada em 1645, mas reformulada nos séculos seguintes.
Confira as saídas com agências e operadores de turismo especializados. Passeios de escuna, por exemplo, podem girar em torno de R$ 110 sem transfer do hotel. Ainda há taxa de embarque no terminal náutico por cerca de R$ 16 e taxa de preservação da Ilha dos Frades por R$ 25.
Galeria Mercado
No subsolo do Mercado Modelo, a Galeria Mercado conta a história do edifício histórico, tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O local funciona como uma galeria de arte com peças de artistas soteropolitanos e trabalha pela preservação do Mercado, com destaque para a arquitetura, os personagens que fizeram parte de sua história e uma linha do tempo com imagens restauradas.
O endereço fica aberto regularmente de terça a sábado, das 10h às 17h30, com gratuidade às quartas, e aos domingos e feriados, das 10h às 13h30. No Carnaval, o local abre nos dias 27 e 28 de fevereiro e reabre no dia 5, na quarta-feira de cinzas, a partir das 12h. O ingresso sai por R$ 20 a inteira e vale também para a Casa de Histórias de Salvador.
Casa das Histórias de Salvador
Ao lado do Mercado Modelo, outro atrativo cultural é a Casa das Histórias de Salvador, que pode ser combinada com a Galeria Mercado. O local convida visitantes a conhecerem a memória da cidade de um jeito imersivo, com conteúdos digitais e linguagens interativas que estimulam quem passa por ali.
O espaço se debruça em histórias e nos povos que transformaram – e que seguem transformando – a primeira capital do Brasil. Até maio, fica exposta a mostra “Ecos Malês”, que apresenta recortes sobre a Revolta dos Malês, que aconteceu em Salvador em janeiro de 1835.
A casa fica aberta regularmente de terça a sábado, das 10h às 18h, e domingos e feriados, das 10h às 17h. No Carnaval, funciona nos dias 27 e 28 de fevereiro e volta no dia 5, na quarta-feira de cinzas, a partir das 12h. O ingresso sai por R$ 20 a inteira e também vale para a Galeria Mercado.
Casa do Rio Vermelho
A Casa do Rio Vermelho é uma casa-memorial em homenagem aos autores Jorge Amado e Zélia Gattai, que viveram no amplo casarão por cerca de quatro décadas. Palco para celebrações, encontros com personalidades e para o cotidiano da dupla, a casa conserva cômodos e móveis originais, além de cartas, objetos pessoais e obras de arte.
O endereço fica aberto regularmente de terça a domingo, das 9h às 18h, com ingresso por R$ 20 a inteira e gratuidade às quartas-feiras. Durante o Carnaval, a casa abre nos dias 27 e 28 de fevereiro, reabrindo na quarta-feira de cinzas a partir das 12h.
Cidade da Música da Bahia
Uma das principais manifestações culturais de Salvador é a música, com ritmos que vão da MPB ao axé. A cidade faz parte, inclusive, da rede de Cidades Criativas da Unesco, com destaque para a música.
Assim, a capital possui um espaço dedicado à expressão instalado no Casarão dos Azulejos Azuis, próximo ao Elevador Lacerda e ao Mercado Modelo. Ali, na Cidade da Música da Bahia, a história de diferentes ritmos, desde os tempos da colonização até a explosão de diversidades sonoras atuais, são narradas e investigadas com ajuda de exposições e recursos audiovisuais.
A entrada sai por R$ 20 a inteira e o local funciona de terça a domingo, das 10h às 18h, com gratuidade às quartas. No Carnaval, funciona nos dias 27 e 28 de fevereiro, voltando na quarta-feira de cinzas, dia 5 de março, a partir de 12h.
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