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Foto do escritorClara Duarte

Do espaço ao caos ambiental: o que esperar?

 

A Estação Espacial Internacional (ISS) em órbita ao redor da Terra.

Satélites em missão cumprem um papel crucial, mas o que acontece quando sua jornada acaba? Para evitar que se transformem em lixo espacial, as espaçonaves são direcionadas para se desintegrarem na atmosfera.


No entanto, os impactos ambientais desse processo ainda são incertos.


 

Uma perseguição única no pacífico


Em uma manhã de domingo em setembro, uma equipe de 12 cientistas desembarcou na Ilha de Páscoa, no meio do Pacífico, para documentar a reentrada do satélite Salsa, parte da constelação Cluster da ESA.


Equipados com 25 câmeras e espectrômetros, eles capturaram dados sobre os momentos finais da espaçonave enquanto ela queimava na atmosfera.



Por que isso importa?


A quantidade de satélites em órbita cresceu de menos de mil para mais de 10 mil em 15 anos. Com projetos como o Starlink, da SpaceX, espera-se que esse número atinja 100 mil até 2030. Embora a queima atmosférica reduza o lixo espacial, ela também libera cinzas metálicas que podem afetar a atmosfera, incluindo a camada de ozônio.


 

Impactos atmosféricos em estudo


Pesquisas sugerem que os resíduos dos satélites, como alumínio, podem esgotar o ozônio e alterar temperaturas na estratosfera.


Modelos também indicam que esses poluentes podem influenciar o campo magnético da terra e aumentar a frequência de tempestades.


O crescimento das mega-constelações


Projetos como o Starlink já contam com milhares de satélites em órbita, planejando substituí-los a cada cinco anos. Esse ciclo acelera a queima de espaçonaves na atmosfera, aumentando a quantidade de poluentes.


 

Previsões preocupantes


A quantidade de lixo espacial queimado na atmosfera pode atingir 4 mil toneladas anuais até 2033. Esses resíduos permanecerão na atmosfera por décadas, potencialmente agravando mudanças climáticas.


Representação de lixo espacial orbitando a Terra, com fragmentos de satélites e peças metálicas espalhadas contra o fundo escuro do espaço.

O que sabemos até agora?


Instrumentos de alta precisão estão sendo usados para medir os efeitos químicos da queima de satélites. Dados preliminares mostram que compostos como óxidos de alumínio contribuem para o aquecimento da estratosfera e o esgotamento do ozônio.



Próximos passos


Campanhas de monitoramento, como as da constelação Cluster, ajudarão a compreender melhor o impacto químico da queima de espaçonaves. Com três satélites idênticos ainda em órbita, novas observações estão planejadas para 2025 e 2026.


O crescimento das atividades espaciais traz novos desafios ambientais. Entender e mitigar os impactos da queima de satélites será essencial para equilibrar os benefícios da exploração espacial com a preservação do planeta.

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