O verão 2025 tem castigado brasileiros de diversas regiões do país, mas as altas temperaturas são ainda mais cruéis em capitais sem praia, como a maior da América Latina, São Paulo.
Apesar da cidade não contar com praias acessíveis, a Capital paulista tem, sim, endereços para nadar, seja em piscinas públicas ou no último rio limpo da cidade.
Neste artigo, publicado pela coluna ‘Vida e Estilo’ do Terra, você confere opções de atrações molhadas sem ter que pegar rodovias, como a Serra do Mar e o distrito de Marsilac, onde ficam cachoeiras alimentadas pelo Capivari, considerado o último rio limpo da cidade.
Sem falar na cachoeira, em pleno bairro do Tremembé, numa trilha natural que dá acesso a uma sequência de quedas d´água para banho.
Onde se refrescar na cidade de São Paulo
Piscinas públicas
A cidade tem 47 Centros Esportivos Municipais com cerca de 30 piscinas com entrada gratuita e abertas ao público em geral.
Disponível de terça a domingo, das 8h às 17h, as opções vão de piscinas infantis à semiolímpicas, com diferentes tamanhos e profundidades. A estrutura dos CEs oferecem também infraestrutura com quadras poliesportivas, campos de futebol, quadras de tênis, pistas de skate/esportes radicais, ginástica, alongamento e caminhada, entre outras atividades.
Para usufruir desses espaços públicos, porém, é preciso fazer uma carteirinha de acesso, cujos trâmites podem ser realizados presencialmente ou online.
Maior piscina pública da América Latina
Aliás, é num desses CEs, entre os bairros Aricanduva, Vila Formosa e Anália Franco, na zona leste de São Paulo, que fica a maior piscina pública da América Latina.
O CERET (Centro Esportivo, Recreativo e Educativo do Trabalhador) é um dos maiores da cidade de São Paulo e abriga uma área recreativa com cinco milhões de litros de água, numa área de cinco mil m².
Esse espaço de 286 mil m² tem também outras duas piscinas para crianças e estrutura como pista de atletismo (440 m), ginásio poliesportivo, playground adaptado e espaço pet. Outro destaque é a variedade de quadras disponíveis para uso público: 6 de tênis, 4 de vôlei, 4 poliesportivas, 3 de basquete, 1 de vôlei de praia e 1 de Beach Soccer.
1º parque de aventura da cidade de SP
A quase 60 quilômetros da Praça da Sé, no extremo sul da cidade de São Paulo, a capital assume outro ritmo.
O Selva SP é o primeiro e único parque de aventura do município, onde dá para fazer rafting ou nadar no rio, fazer trilhas no interior da Mata Atlântica e sobrevoar uma das maiores áreas que ainda restam desse bioma em todo o estado.
É ali que se localizam também as cachoeiras (tecnicamente, corredeiras) de Marsilac, da Onça, da Lontra e dos Manacás, quedas alimentadas pelo rio Capivari, considerado o último rio limpo da cidade.
Essas quedas d´água podem ser acessadas por trilha, em meio a Mata Atlântica Primitiva, em um roteiro de sete quilômetros e nível médio de dificuldade. O tour guiado para até 40 pessoas tem saída do Selva SP e vai das 10h às 17h (3h só de caminhada).
O parque é equipado com estacionamento, restaurante, vestiários e atividades de ecoturismo, como rapel, tirolesa, boia cross e SUP.
Cachoeira na Cantareira
Pouca gente sabe, mas em plena zona norte de São Paulo, tem cachoeira para se refrescar, em uma área preservada de Mata Atlântica.
O Engordador, um dos quatro núcleos da Floresta Cantareira, está no bairro do Tremembé e tem três trilhas: a do Macuco, a da Mountain Bike e a da Cachoeira.
Todas as opções de caminhadas são autoguiadas e por terreno natural. A da Cachoeira, por exemplo, tem três quilômetros de extensão e dura cerca de 1h30, entre ida e volta, com paradas em pequenas quedas d'água com poços para banho.
Parque Estadual Serra do Mar
Na vizinha São Bernardo do Campo, no ABC paulista, o Parque Caminhos do Mar é outra opção para se refrescar, bem pertinho da capital.
O Itutinga-Pilões é um dos dez núcleos do Parque Estadual da Serra do Mar e abriga a Trilha da Cachoeira da Torre, que dá acesso a um conjunto de pequenas quedas d'água para banho.
Essa caminhada puxada de nove quilômetros de extensão (ida e volta) passa por uma antiga rota de acesso à uma torre de transmissão de energia elétrica e, em dias de céu claro, tem vista para o litoral, como Santos e Guarujá.
Vale lembrar que, apesar do nome, a trilha não tem vista nem acesso para a sequência de quedas que totaliza 130 metros.
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