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Foto do escritorDanilo Oliveira

IPCA fecha 2024 em 4,83% e estoura a meta de inflação



 

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial de inflação do país, encerrou o ano de 2024 com 4,83% de acordo com divulgação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (10/1).


O número ficou acima do teto da meta de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). A meta para o ano era de 3% e seria considerada formalmente cumprida se ficasse em um intervalo entre 1,5% e 4,5%. Com isso, o índice fechou o ano 0,33 ponto percentual acima do teto da meta e 0,21 p.p superior ao IPCA de 2023, de 4,62%.



Em relação ao mês de dezembro, o IPCA mostrou uma aceleração da inflação em relação a novembro, quando o IPCA subiu 0,39%. Já em dezembro de 2023, a inflação foi de 0,56%.


 

Quais foram os maiores vilões?


Entre os 377 subitens que têm seus preços considerados no cálculo do IPCA, a gasolina exerceu o maior impacto (0,48 p.p.) individual sobre a inflação de 2024, acumulando alta de 9,71% no ano. Em segundo lugar, veio o subitem Plano de Saúde, que subiu 7,87% em 12 meses e contribuiu com 0,31 p.p. para o IPCA de 2024. A seguir, veio o subitem Refeição fora do domicílio, que acumulou alta de 5,70% em 12 meses, com impacto de 0,20 p.p. no IPCA do ano.


Imagem de bombas de combustível em um posto de gasolina, com mangueiras nas cores verde, vermelha e azul conectadas às respectivas bombas. Há avisos informativos fixados nas bombas, incluindo detalhes sobre o uso de etanol hidratado e orientações de denúncias à ANP.

Outro subitem em destaque foi o Café moído, que exerceu o quarto maior impacto individual sobre a inflação do ano passado (0,15 p.p.) e acumulou alta de 39,60% em 2024.

Por outro lado, subitens com preços mais voláteis, como as Passagens aéreas, ajudaram a puxar o IPCA do ano para baixo, com queda acumulada de 22,20% em 2024 e impacto de -0,21 p.p. no IPCA de 2024. Da mesma forma, o Tomate e a Cebola fecharam o ano acumulando queda de preços (-25,86% e -35,31%, respectivamente) e ambos tiveram o mesmo impacto (-0,07 p.p.) sobre a inflação de 2024.



Desde que o regime de metas de inflação foi adotado no Brasil em 1999, essa é a oitava vez que o objetivo foi descumprido, depois de 2022, 2021, 2017, 2015, 2003, 2002 e 2001.


 

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