Nos últimos meses, os consumidores brasileiros têm enfrentado um aumento significativo nos preços dos serviços de streaming. Com reajustes que chegam a até 70%, plataformas populares como Netflix, Amazon Prime Video, Disney+, entre outras, estão se tornando mais caras.
Existem várias razões para o aumento dos preços de streaming no Brasil:
Inflação e custos operacionais: a inflação no Brasil tem impactado diversos setores, incluindo o de tecnologia e entretenimento. Os custos operacionais, como servidores, licenciamento de conteúdo e produção original, também aumentaram.
Investimentos em conteúdo original: as plataformas de streaming estão investindo pesado em conteúdo original para atrair e reter assinantes. Produções locais e internacionais exigem altos investimentos, que acabam sendo repassados aos consumidores.
Taxação e regulamentação: o governo brasileiro tem implementado novas taxações sobre serviços digitais, o que inclui as plataformas de streaming. Essas taxas adicionais contribuem para o aumento dos preços.
Impactos para os consumidores
O aumento dos preços tem gerado diversas reações entre os consumidores:
Cancelamento de assinaturas: muitos estão reconsiderando suas assinaturas devido aos novos preços. O cancelamento de serviços pode se tornar uma tendência, especialmente entre aqueles que assinam múltiplas plataformas.
Busca por alternativas: com os preços mais altos, os consumidores estão buscando alternativas mais acessíveis, como serviços de streaming gratuitos ou com preços mais baixos. Plataformas como Pluto TV e Vix têm ganhado popularidade.
Compartilhamento de contas: o compartilhamento de contas entre amigos e familiares pode aumentar como uma forma de dividir os custos. No entanto, algumas plataformas estão implementando medidas para limitar essa prática.
Houve uma redução na presença de serviços de streaming nos lares brasileiros: de 43,4% para 42,1%.
Essa queda pode ser atribuída ao aumento das assinaturas e às novas restrições, como taxas para compartilhamento de contas. Entre 2023 e 2024, os preços subiram mais de 70%, incluindo reajustes e reestruturações, como no caso do Max (antiga HBO) e do Disney+ (que incorporou o Star+).
Neste ano, as principais plataformas — Netflix, Max, Amazon Prime Video, Disney+, Apple TV, Paramount+ e Globoplay — aumentaram significativamente seus preços.
Confira abaixo
Netflix
A empresa americana ajustou seus preços em maio, resultando nos seguintes valores:
Plano Padrão com anúncios: de R$ 18,90 para R$ 20,90 por mês, um aumento de 10%.
Plano Padrão sem anúncios: de R$ 39,90 para R$ 44,90 por mês, um aumento de 12%.
Plano Premium: de R$ 55,90 para R$ 59,90 por mês, um aumento de 7%.
Taxa por usuário adicional: R$ 12,90 por mês.
Prime Video
O serviço de streaming da Amazon teve um reajuste de preços em março deste ano, ficando assim:
Plano com três telas simultâneas, acesso ao Amazon Music, Prime Reading e entrega gratuita em compras na Amazon: de R$ 14,90 para R$ 19,90 por mês, um aumento de 33,5%.
Disney+
A plataforma incorporou os conteúdos do Star+ e os planos foram ajustados em junho:
Plano Padrão, com duas telas simultâneas e downloads em até 10 dispositivos: de R$ 33,90 para R$ 43,90, um aumento de quase 30%.
Plano Premium, com áudio Dolby Atmos e quatro telas simultâneas: R$ 62,90 por mês (novo).
Max
Quando o streaming HBO Max chegou ao Brasil, em 2022, a assinatura oferecia uma oferta inicial com 50% de desconto vitalício, custando mensalmente R$ 34,90 — valor sem o desconto aplicado. Neste ano, a marca passou por uma reformulação, alterando o nome da plataforma e as opções de planos disponíveis ao consumidor. Veja:
Plano básico com anúncios e duas telas simultâneas: de R$ 17,45 no plano promocional para R$ 29,90 por mês, um aumento de cerca de 71%.
Plano Standard sem anúncios, com duas telas simultâneas e 30 downloads: R$ 39,30 por mês (novo).
Plano Platinum, com quatro telas simultâneas e 100 downloads: R$ 55,90 por mês (novo).
Apple TV
A Apple foi uma das primeiras a reajustar os preços, em outubro de 2023. A empresa aumentou o valor de seu plano principal. Veja:
Plano com 6 telas simultâneas e opções de download: de R$ 14,90 para R$ 21,90, um aumento de 47%.
Paramount+
Após aumentar os valores nos EUA, o streaming reajustou em julho os preços de seus planos mais baratos disponíveis no Brasil. As mudanças passam a valer a partir de 10 de setembro para novos assinantes. Para clientes existentes, os novos valores passam a valer em 10 de outubro. Veja:
Plano básico, com uma tela simultânea: de R$ 14,90 por mês para R$ 18,90 por mês, um aumento de quase 27%.
Plano padrão, com duas telas simultâneas: de R$ 19,90 por mês para R$ 27,90 por mês, um aumento de cerca de 40%.
Plano premium: R$ 34,90 por mês (sem alterações, por enquanto).
Globoplay
Considerando o plano apenas com o conteúdo de Globoplay, os preços foram reajustados em janeiro deste ano:
Plano com quatro canais ao vivo e cinco telas simultâneas: de R$ 24,90 para R$ 27,90 por mês, um aumento de 12%.
Vale lembrar que a Globo oferece uma série de parcerias via Globoplay, com combos que incluem Premiere, Combate, Telecine, FlaTV+ e Cartola.
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