13 coisas para fazer de graça em Amsterdã
- Danilo Oliveira
- há 1 dia
- 6 min de leitura
Amsterdã tem mil qualidades, mas ser barata não é uma delas. O preço da hospedagem é um dos mais dolorosos da Europa, comida também não é acessível — na primeira vez que visitei a Holanda, me alimentei só de lanches. Então vale fazer o possível para poupar nos passeios.
Nesse post, publicado pelo portal 'Melhores Destinos', foram sugeridas 13 coisas para fazer de graça em Amsterdã. Bora economizar uns euros?

O que fazer de graça em Amsterdã
1. Procurar os canais mais românticos da Holanda
A atração mais imperdível de Amsterdã só custa sola de sapato. Há 165 canais na capital holandesa, e é um desafio delicioso procurar os mais bonitos.
Na minha humilde opinião, Jordaan é o bairro que reúne os canais mais fofinhos, ou pelo menos é um dos melhores bairros para explorar a pé. O canal principal ali é o Prinsengracht, mas os canais menores que desbocam nele conseguem ser ainda mais bonitos. A pontezinha do Leidsegracht é uma das minhas favoritas.
A poucos metros dali, o canal Looiersgracht também proporciona um passeio lindíssimo. Mas mais ao norte tem o Egelantiersgracht também e, mais para cima ainda, o Brouwersgracht está no top 5 de muitos turistas apaixonados.
2. Aproveitar um dia de sol no Vondelpark
Os parques de Amsterdã atraem multidões em dias de sol para relaxar nos gramados ou fazer alguma atividade física. O Vondelpark é o mais famoso e popular, uma área verde de 47 hectares fundada em 1864.
Trata-se de um parque com amplos gramados, alguns lagos, bem arborizado. Inclui caminhos largos para a circulação de ciclistas. Tem, pelo menos, quatro lugares para comer ou beber. O meu favorito é o Proeflokaal ‘t Blauwe, um bar aberto, descomplicado, com vááários tipos de bebida e, especialmente, de cervejas da marca local Brouwerij ’t IJ. Tem até Wi-Fi liberado e uma mesinha de ping pong para a galera.
3. … ou no Amsterdamse Bos
Um pouco mais longe, na cidade vizinha de Amstelveen, tem ainda o Amsterdamse Bos, um dos maiores parques urbanos de toda a Europa. No verão, tem área de piscina e passeios de barco. E, em razão das suas belas cerejeiras, o Cherry Blossom Festival acontece em abril para celebrar a chegada da primavera.
4. Conhecer a vila dos moinhos, Zaanse Schans
Um fotogênico vilarejo cheio de moinhos de vento, Zaanse Schans é um dos passeios mais legais para fazer como bate-volta. Além de belíssimo, é um lugar para conhecer a história e as tradições da vida rural holandesa. Lá dá para ver como são fabricados os tradicionais sapatos de madeira, dá para experimentar grande variedade de queijos e delícias da confeitaria holandesa, entre outras coisas.
Não é cobrada entrada em Zaanse Schans, você só vai precisar pagar o deslocamento. A viagem de trem leva menos de 30 minutos, mas dá também para ir de ônibus e até de barco.
5. Admirar os jardins do Rijksmuseum
Os museus de Amsterdã são pagos e não são baratos. Mas uma coisa que você pode fazer de graça é visitar os jardins do Rijksmuseum, que abrem os portões durante o dia.
Eles têm canteiros bem cuidados, esculturas do século XIX, uma estufa de vidro e um chafariz, obra moderna do artista dinamarquês Jeppe Hein, chamado de Hide and See(k) (significa esconde-esconde). A obra é uma variação moderna das fontes surpresas usadas em jardins barrocos geométricos do século XVII, que ligavam e desligavam inesperadamente, encharcando qualquer um dentro do alcance.
6. Conhecer a noite do Red Light District
O Red Light District é a região de Amsterdã onde ficam as vitrines de prostituição, nas imediações da Oude Kerk (igreja antiga). Multidões de turistas passeiam por ali, especialmente depois do pôr do sol.
Mas o que mais me surpreendeu é que isso tudo está harmoniosamente diluído entre labirintos de prédios comerciais e residenciais, hostéis, cafés, restaurantes e canais super-românticos de Amsterdam. Por ali tem também vários coffeeshops interessantes e outras atrações.
7. Visitar o Albert Cuyp Market
Essa dica é meio safada. Porque visitar o Albert Cuyp Markt é de graça, mas acho difícil sair de lá sem comprar nada. Em dias de tempo bom, a maior e mais tradicional feira a céu aberto da cidade chega a reunir 260 barracas ao longo da rua Albert Cuypstraat, no bairro Pijp.
É um lugar interessante para conseguir souvenir, eu mesma fiquei tentada por umas pantufas fofinhas que imitam aqueles tamancos de madeira holandeses, sabe? Mas o destaque da feira vai para as comidinhas de rua. Eis algumas coisas que encontrei por lá: rolinho primavera vietnamita, baos chineses, uma barraca com tanto sabor de cannoli italiano que nem consegui contar, queijos (muitos queijos) e quitutes tipicamente holandeses, como bitterballs (bolinhos de carne fritos) e chickenstick (uns croquetões de frango).
8. Passear pelo Mercado de Flores de Amsterdã
Ainda na pegada “olhar é de graça”, tem o famoso Mercado das Flores de Amsterdã. O mercado existe desde o século XIX no canal Singel: ali chegavam todos os dias embarcações com plantas e flores para venda. Hoje, as bancas são montadas em plataformas logo acima do canal.
Ele fica mais lindo e cheio na primavera, mas está aberto o ano inteiro. Vende bulbas e sementes e vários tipos de lembrancinhas. Você não deve levar muito tempo para cruzá-lo, tem pouco mais de 200 metros.
9. Fazer belas fotos no Begijnhof
Conhecido como o “jardim secreto de Amsterdam”, Begijnhof é um antigo condomínio com aqueles prédios estreitos de tijolos à vista, bem característicos da capital holandesa, um extenso gramado, algumas árvores, estátuas e uma simpática igreja. Vale uma visita para tirar fotos e conhecer uma história curiosa.
Esse lugar existe há mais de 600 anos — os livros mencionam este Begijnhof pela primeira vez em 1389. Era habitado apenas por “begijnen”, ou beguinas, em português, mulheres católicas celibatárias que cuidavam de doentes ou educavam crianças, mas que não queriam viver em um mosteiro e, portanto, não tinham feito votos monásticos. Uma placa na entrada do condomínio relata que a última Beqijn morreu em 1971, mas que o local segue sendo habitado apenas por mulheres.
10 – Ir no estaleiro transformado em bairro “alternas”
O NDSM é uma região de Amsterdã com bastante arte de rua, uma série de eventos culturais e bares para curtir um por do sol na beira do rio IJ — inclusive, tem um que parece praia!
A Nederlandsche Dok en Scheepsbouw Maatschappij — saúde! — era um estaleiro na metade do século passado. Hoje, é a região alternativa e descoladinha da capital holandesa, com mercado de pulgas, estúdios de artistas, um grande museu de arte de rua (pago). Na fachada do prédio, tem esse painel incrível do artista brasileiro Kobra, retratando Anne Frank.
O ferry para chegar na margem norte do rio IJ é 100% gratuito.
11. Visitar o rooftop do Nemo Science Museum
Uma das atrações mais legais para crianças em Amsterdam, o Nemo Science Museum é uma atração paga. Mas é gratuito subir no rooftop para curtir a vista do rio Ij, pelas escadas no lado leste do museu.
Quando fui já estava fechado para reformas, infelizmente, mas já devem ter liberado. O rooftop foi projetado pelo arquiteto Renzo Piano para virar “uma praça com vista para a cidade”. Fica a 22 metros de altitude, dispõe de um um café e espaço para sentar.
12. Visitar a Praça Dam e a Rembrandtplein
Não custa nada visitar essas duas importantes praças, literalmente.
A Praça Dam (foto abaixo) é um dos principais pontos de referência no centro de Amsterdã. É uma área de uns 150 metros de extensão com grande movimento de pedestres e calçada de paralelepípedo, ao redor da qual há importantes pontos turísticos. É também um importante centro de compras.
Já Rembrandtplein é o nome da praça que tem no centro uma escultura do artista feita com ferro fundido em 1852. Durante o dia, muita gente senta aos pés do Rembrandt para ler, colocar o papo em dia e, se o tempo colaborar, curtir um solzinho. Mas é de noite que o lugar vira um point, em razão dos bares e casas noturnas que rodeiam a praça.
13. Prestigiar o Memorial Nacional do Holocausto
O Memorial Nacional do Holocausto fica no bairro judaico de Amsterdã. É um labirinto em que cada tijolo traz o nome de uma vítima dos nazistas no país, com data do nascimento e idade da morte. Quando visto de cima, forma quatro letras em hebraico que significam “em memória”.
De acesso gratuito, o memorial foi projetado pelo arquiteto americano-polonês Daniel Libeskind, que perdeu parentes no Holocausto. Placas com QR Codes te direcionam a um site, onde você pode buscar pelo nome de alguma vítima, e o sistema te aponta onde está o tijolinho correspondente. Um deles homenageia Anne Frank, cujo nome, na verdade, é Annelies Frank. Eu me emocionei em visitar esse lugar, é uma homenagem ao mesmo tempo sóbria e marcante.
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