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EUA e China entram em acordo e reduzem tarifas nos próximos 90 dias

  • Foto do escritor: Danilo Oliveira
    Danilo Oliveira
  • 13 de mai.
  • 3 min de leitura

Dois contêineres de carga colidem no ar, um com a bandeira dos Estados Unidos e o outro com a bandeira da China. A colisão provoca estilhaços e destroços voando para fora do ponto de impacto. O céu ao fundo está parcialmente nublado durante o pôr do sol, criando uma cena dramática que simboliza conflito ou tensão entre os dois países.

Os Estados Unidos e a China chegaram a um acordo para reduzir temporariamente as tarifas recíprocas, enquanto as duas maiores economias do mundo buscam encerrar uma guerra comercial que tem alimentado temores de recessão e deixado os mercados financeiros em alerta.


Como parte de um acordo firmado em Genebra durante o fim de semana, os Estados Unidos reduzirão de 145% para 30% as tarifas adicionais sobre produtos chineses (10% de taxa básica, mais 20% relacionados ao tráfico da droga fentanil). A China, por sua vez, diminuirá as taxas sobre importações americanas para 10% (são 125% hoje). O país asiático também disse que irá suspender ou cancelar medidas não tarifárias tomadas contra os EUA. As informações foram publicadas pela Folha de São Paulo.


Após o acordo ser divulgado, o presidente americano, Donald Trump, disse que as relações entre os países foram retomadas e sinalizou que falará com seu homólogo chinês, Xi Jinping, nesta semana.



Ele disse que as tarifas sobre importações da China não voltarão a 145% após a pausa de 90 dias. Entretanto, sinalizou que as tarifas dos EUA sobre produtos chineses podem aumentar, caso os países não atinjam um acordo definitivo.


"Ontem conseguimos um recomeço completo com a China após negociações produtivas em Genebra", disse. "A relação é muito, muito boa. Falarei com o presidente Xi, talvez no final da semana", acrescentou.



Reflexos na economia global


Em Wall Street, os principais índices acionários dispararam. O S&P500, referência do mercado norte-americano, teve alta de 3,26%, enquanto Nasdaq Composite e Dow Jones avançaram 4,35% e 2,81%, respectivamente. Na China, as três principais Bolsas, o CSI300, o SSEC (de Xangai) e o Hang Sang (de Hong Kong), subiram 1,16%, 0,82% e 2,98%, respectivamente.


O dólar também se valorizou globalmente. O índice DXY, que mede o desempenho do dólar ante outras seis divisas fortes, teve alta de 1,46%, a 101,8 pontos. Números acima de 100 indicam uma tendência de valorização consistente e não eram atingidos havia mais de um mês.


No Brasil, a Bolsa ficou praticamente estável, com leve variação positiva de 0,03%, a 136.563 pontos. O Ibovespa foi sustentado no azul pela disparada das ações da Petrobras e da Vale, que seguiram o desempenho de suas commodities de referência no mercado externo. Já o dólar fechou em alta de 0,53%, cotado a R$ 5,684.


Em Tóquio, o índice Nikkei avançou 0,38%, a 37.644 pontos, enquanto em Seul, o índice KOSPI teve valorização de 1,17%, a 2.607 pontos, e Taiwan, o índice TAIEX registrou alta de 1,03%, a 21.129 pontos.


As principais Bolsas da Europa também subiram. O índice STOXX 600, referência no continente, avançou 1,56%; o FTSE, de Londres, ganhou 0,59%. Em Paris, o CAC-40 subiu 1,37%, e o DAX, da Alemanha, 0,29%.


As reuniões em Genebra foram as primeiras interações presenciais entre altos funcionários econômicos dos EUA e da China desde que Donald Trump retornou ao poder e lançou uma ofensiva tarifária global, impondo taxas particularmente pesadas à China.



Desde que assumiu o cargo, em janeiro, Trump havia aumentado as tarifas pagas pelos importadores americanos para produtos da China para 145%, além daquelas que ele impôs a muitos produtos chineses durante seu primeiro mandato e das taxas aplicadas pela administração Biden.


A China revidou impondo restrições à exportação de alguns elementos de terras raras, vitais para fabricantes americanos de armas e produtos eletrônicos de consumo, e aumentando as tarifas sobre produtos americanos para 125%.


A disputa tarifária paralisou quase US$ 600 bilhões em comércio bilateral, interrompendo cadeias de suprimentos, despertando temores de estagflação e provocando algumas demissões.



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